Novo diretor-geral do Detran fortalecerá política da autarquia

Albano de Oliveira Lima ressaltou que, em sua gestão, ampliará campanhas de trânsito e reavaliará sistema de formação de condutores no DF
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) está sob comando do novo diretor-geral, Albano de Oliveira Lima, nomeado para o cargo no último dia 7 pelo govenador Agnelo Queiroz.
Servidor de carreira da autarquia, Lima destacou durante entrevista exclusiva ao portal que fortalecerá as ações da pasta, mas inovará com uma política de ampliação das campanhas educativas e conscientização de agentes de trânsito para atuarem como parceiros orientadores da população.
Além disso, o diretor-geral afirmou que reavaliará o sistema de formação de condutores do DF e trabalhará para revitalizar e modernizar a sinalização de trânsito.
Segundo Lima, o governador Agnelo Queiroz determinou que a direção redobre a atenção para aumentar a segurança das vias, com a manutenção das faixas de pedestres e ampliação da iluminação com a CEB (Companhia Energética de Brasília) e a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital).
O diretor-geral do Detran, que ocupava o cargo de diretor de Acompanhamento e Avaliação da Coordenadoria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil do GDF, é advogado inscrito na OAB desde 1995 e chefiou as procuradorias jurídicas do Detran e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
José Alves Bezerra deixou o cargo para compor a assessoria especial da Governadoria, e atuará nas articulações políticas, na relação com os partidos aliados e com os parlamentares da base de apoio.
Leia abaixo, na íntegra, a entrevista concedida, ao portal pelo novo diretor-geral, Albano de Oliveira Lima.
Quais serão as diretrizes adotadas para o Detran na sua gestão?
Nós vamos dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito, mas vamos intensificar algumas ações, como a revitalização de faixas de pedestres e modernização das sinalizações de trânsito. Nosso objetivo principal é promover a proteção à vida, por isso, estamos estudando medidas paliativas e outras que serão desenvolvidas a longo prazo.
Que ações paliativas estão em estudo pela direção?
Para reduzir os índices de acidentes, nós estamos buscando parcerias com as secretarias de Publicidade Institucional e de Segurança Pública. Esses órgãos já têm contratos e vão nos auxiliar a veicular campanhas educativas impactantes, principalmente na TV, com mensagens fortes para chamar a atenção de condutores – que devem ficar atentos ao trânsito -, e de pedestres – como forma de incentivar o uso das faixas. Enquanto em 2012 tivemos cinco casos de atropelamento em faixas, em 2013 foi apenas um. Vamos reduzir esse número para zero.
Existem planos de ampliar a quantidade de campanhas no DF?
Estamos trabalhando para fazer mais um contrato e aumentar o número de campanhas. Vamos executar um trabalho educativo de ponta. Temos R$17 milhões para investir nesse recurso. Para isso, estamos finalizando o edital de licitação, que deve ser lançado em breve. Com isso, serão executadas novas campanhas sobre embriaguês ao volante, respeito ao pedestre e ao ciclista, obediência aos limites de velocidade nas vias, entre outros temas que vão ajudar a criar uma cultura de atendimento às normas de trânsito no DF.
Há outras medidas?
Sim. Vamos intensificar a fiscalização, o que ocorre desde sexta-feira (9), e também conscientizar os agentes de trânsito que devem atuar como parceiros da população fornecendo orientações e não só autuando motoristas infratores.
E quais ações serão tomadas a longo prazo?
Vamos aperfeiçoar e acentuar os estudos da Central de Investigação e Tratamento de Acidentes (CITA). O setor aperfeiçoará as pesquisas para apontar as circunstâncias dos acidentes em pontos críticos (onde foram registrados duas ou mais ocorrências) para identificar as causas que podem estar relacionadas a situações como engenharia do local e árvores plantadas em lugares que dificultam a visualização de motoristas. Cada caso será encaminhado à área responsável para que seja solucionado o mais rápido.
A direção estuda mudanças para aperfeiçoar a formação dos condutores?
Sim. Acredito que o processo de formação hoje é arcaico e vamos reavaliar esse sistema, que não atende às atuais necessidades. O condutor precisa superar os desafios do dia a dia e, para isso, precisa de melhor formação. Vamos fazer mudanças pontuais e uma delas será aumentar a fiscalização da formação teórica.
E quanto aos motociclistas? Quais providências serão executadas para reduzir os índices de acidentes que envolvem esses motoristas?
É um ponto crítico e a única área que teve aumento de acidentes. Vamos aumentar a quantidade de abordagens e retirar das ruas motocicletas em mau estado de conservação. Além disso, em 2012, 74% dos motoristas desse tipo de veículo que estavam envolvidos em acidentes não tinham habilitação. Vamos impedir que isso aconteça com blitzes constantes, que já estão sendo feitas desde sexta-feira (9) em Brasília, Recanto das Emas, Santa Maria, Gama, Ceilândia e São Sebastião, cidades onde foram flagrados 80 motoristas nessa situação.
Haverá algum estudo para aprofundar o conhecimento sobre motociclistas envolvidos em acidentes?
Sim. Vamos entrar em contato com os condutores envolvidos nesses acidentes, registrados nas vias urbanas em 2012, ou falar com os seus parentes para descrever o perfil dessas pessoas. Hoje 11% da frota total de veículos do DF são de motos, veículo que se envolve em cerca de 30% dos acidentes. Esse número é desproporcional.
Há alguma medida determinada pelo governador Agnelo Queiroz?


Sim. O governador solicitou que redobrássemos a atenção para aumentar a segurança das vias com a revitalização das faixas de pedestres e ampliação da iluminação, com a CEB (Companhia Energética de Brasília) e a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital).

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