O morador de rua queimado no Guará I na última quinta-feira
morreu após passar três dias internado no Hospital Regional da Asa Norte
(Hran).
Segundo a Secretaria de Saúde do DF,
Edvan Lima da Silva, 49 anos, morreu na manhã desse sábado, 2. Edvan
foi atacado por volta das 5h38, no quadra 38 do Guará I. Pelos relatos
prestados aos policiais, três pessoas encapuzadas atearam fogo ao
morador enquanto ele dormia em uma praça. Edivan teve queimaduras em 63%
do corpo.
Somente neste ano, seis moradores de rua foram vítimas de crimes no Distrito Federal (DF).
Ameaças
A notícia da morte de Edivan da Lima Silva, 48 anos, fez crescer o medo
entre os moradores de rua que costumam passar os dias na praça do Guará I
(DF) onde, na madrugada da última quinta-feira, Silva teve o corpo
incendiado.
Comerciantes e vizinhos da praça onde Silva dormia junto com outros três
moradores de rua lamentaram o crime. Eles disseram que a vítima vivia
no local há muito tempo, era conhecida de todos e não tinha inimigos.
No quiosque onde o crime ocorreu e onde ainda é possível ver as marcas
das chamas na parede. Silva é a sexta vítima da violência praticada
contra moradores de rua do Distrito Federal este ano.
Silva passou a viver nas ruas após ter sido despejado de um barraco que
construiu e ocupou por muito tempo, em uma área pública próxima à praça.
A versão inicial das testemunhas, segundo a Polícia Civil, é que três
homens encapuzados se aproximaram do local onde os quatro moradores de
rua dormiam, jogaram algum tipo de material inflamável que atingiu
principalmente Silva, atearam fogo e fugiram.
Responsável pelo caso, o delegado Jeferson Lisboa Gimenes disse, no
mesmo dia do crime, que a principal hipótese a ser investigada é que o
crime tenha sido motivado por uma briga entre moradores de rua, mas que o
alvo não era Silva, e sim um outro homem que conseguiu fugir.
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