Os médicos do Distrito Federal protestaram colocando uma tarja preta no Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira.
Segundo a categoria, a faixa representa o "golpe estatal" do programa Mais médicos para o Brasil, instituído por meio da medida provisória publicada em 7 de julho que prevê a contratação de profissionais para atuar na saúde básica em municípios do interior e na periferia das grandes cidades. "Com essa MP, eles querem abrir mão de um padrão mínimo de qualidade da assistência médica" afirmou o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do DF, Leonardo Rodovalho.O ato faz parte do Movimento Nacional em Defesa da Medicina e Saúde. Nesta terça-feira os médicos do DF paralisaram os atendimentos nos ambulatórios e desmarcaram cirurgias nos hospitais da rede pública e privada. Somente os atendimento emergenciais estão sendo realizados. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico-DF), Gutemberg Sialho, a categoria é contra ao programa do governo federal, que atrai médicos estrangeiros sem a reavaliação do diploma e torna obrigatório o estágio de estudantes de medicina no Sistema Único de Saúde (SUS), aumentando o período de formação. Segundo a polícia, aproximadamente 60 pessoas participaram do protesto, que seguiu depois para o Palácio do Planalto.
Policiais fizeram a proteção da Casa do Legislativo. Duas vias do Eixo Monumental foram fechadas. O Ministério da Saúde divulgou nota reafirmando que sempre esteve aberto ao diálogo com entidades interessadas na melhoria do atendimento no SUS e nas necessidades de saúde da população brasileira. A pasta lamenta qualquer prejuízo que as paralisações possam causar no atendimento dos pacientes.
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