Eduardo Campos e Rodrigo Rollemberg fora do jogo



eduardo campos e rollembergEduardo Campos está preparando uma retirada estratégica da sua aventura de disputar o Palácio do Planalto em 2014. A pressão é tanta, que o governador de Pernambuco começa a entregar os pontos. E mais: o senador Rodrigo Rollemberg, também do mesmo PSB, vai fazer as pazes com Agnelo Queiroz e apoiar a reeleição do petista.


Esse novo quadro sucessório teve o dedo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, em sua última passagem por Brasília na semana passada. Ele deixou claro que o projeto dos socialistas só deve ser deslanchado após o segundo mandato de Dilma Rousseff. E se o PSB se comportar direitinho, terá o apoio do PT nessa empreitada.

Para fazer hibernar o imediatismo do seu projeto político, Eduardo Campos foi informado que o PSB terá mais espaço no governo a partir de 2014. A segunda cadeira na Esplanada dos Ministérios caberá justamente a Rodrigo Rollemberg. A ele estaria destinado o Ministério do Turismo, área que o senador conhece muito bem.

Eduardo Campos ainda está digerindo a coversa que teve com Lula, mas aos poucos vai voltar à realidade de ser um coadjuvante no cenário político brasileiro. Seus próprios partidários se encarregam de fazer pressão para que ele desista da candidatura no próximo ano. E para evitar um motim (afinal, há muitos cargos em jogo) o governador vai acabar cedendo.

Depois da reunião com Lula, Eduardo e Rollemberg se fecharam no gabinete da lidernça do PSB com próceres do partido. Os senadores Lídice da Mata, Antônio Carlos Valadares e João Capiberibe, além do deputado Beto Albuquerque, consideraram que a mudança no jogo é válida. O grupo entende que a legenda terá como se preparar com fôlego para uma disputa futura.

No que diz respeito a Brasília, Rollemberg será cauteloso. Sabe que suas chances de chegar ao Palácio do Buriti no quadro atual são irrisórias. E prefere virar ministro – um presente que alimentará sua vaidade – a ver seu futuro político ameaçado, com uma derrota se não para Agnelo, para a deputada Eliana Pedrosa (PSD) ou o grupo capitaneado pelo ex-governador Joaquim Roriz (sem partido).

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